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Pavio.: A porrada sonora que conquista fãs ao redor do Brasil

Banda se mantém no topo do hardcore nacional

Formado por Marcelo Prol (vocal), Bruno Matileti (baixo), Enderson Fernandes (bateria), Cezar Rocha (guitarra) e Pedro Henrique Licco (guitarra), PAVIO., mescla elementos do metal, hardcore e thrash em músicas com muito peso que falam sobre a realidade que o Brasil passa nos dias de hoje e suas mazelas,  tendo também o racismo e o feminicídio como temas criticados pelo quinteto no último EP “O jogo vai virar”, lançado em novembro via Electric Funeral Records.  Não é de hoje que a porrada sonora que forma o PAVIO. vem conquistando fãs ao redor do Brasil. O segundo EP lançado pela banda, mostra a força, união, e a excelência do gênero hardcore criada pelos músicos que formam a banda. 

A mistura de música e política é o cargo chefe do quinteto, fazendo do microfone uma arma importantíssima para propagar informação, sendo a música por si só um veículo fundamental capaz de entreter e fazer pensar.  PAVIO. sem dúvida foi destaque com um dos melhores projetos musicais lançados em 2019 e segue se mantendo no topo da cena hc/metal no país.

Conversamos com o vocalista Marcelo Prol, sobre a volta do Pedro Henrique Licco (guitarra) a banda, processo de composição e gravação do novo EP, música e política, influências e projetos futuros. Como aconteceu a volta do Pedro (Guitarra) a banda?

P: Por motivos pessoais o Pedrinho foi morar no exterior em 2018 num momento importante pra gente,um momento em que estávamos começando a aparecer na cena carioca. Somos muito amigos,entendemos,demos força pra ele e o deixamos confortável que se um dia voltasse ao Brasil o posto de guitarrista do Pavio. seria dele,afinal ele é um dos mentores de tudo isso também.E assim foi.Com seu retorno em meados desse ano passamos a ter duas guitarras bem casadas e o entrosamento com o Cezar,nosso outro guitarrista,foi perfeito.A prova desse entrosamento já experimentamos nos shows e já começamos a compor com esse formato.


A banda acaba de lançar o EP "O jogo vai virar".  Como foi o processo de composição e gravação das faixas?

P:Na verdade esse EP já estava gravado. Nós compomos e gravamos 12 músicas de uma vez com Raul(N.D.R.) antes que o Pedrinho saísse da banda em 2018.Dividimos 6 no primeiro "Execução Sumária" e mais 6 neste.Aliás recomendamos muito a nossos amigos que fazem parte de uma banda que façam o mesmo, lançar EPs porque isso te da uma boa margem de tempo pra trabalhar cada faixa com a devida atenção, seja com single, videoclipes, etc. Nosso processo de composição sempre se dá compondo primeiro os riffs de guitarra que são uma marca no Pavio., já que todos nós tocamos guitarra exceto Enderson nosso baterista que é o responsável em seguida pelas criações de nossas levadas. Ao mesmo tempo o Matilas coloca os graves na medida certa e por último coloco as letras e linhas vocais.


O último EP  lançado pela banda foi muito bem recebido. O que a banda está achando dessa aceitação por parte do público e mídia especializada?

P: Primeiro gostaríamos de agradecer todo apoio que temos recebido, todos os elogios e todas as críticas principalmente as negativas para que possamos sempre melhorar. Estamos muito felizes com retorno que temos recebido nos shows, nas mídias sociais,no dia a dia etc. Seja no Rio ou em outros estados. Agradecemos demais ao nosso selo Electric Funeral Records e nossa agência Collapse. Tudo isso nos faz crer que estamos no caminho certo, fazendo aquilo que amamos e com vontade de entregar cada vez mais materiais melhores para aqueles que gostam de nós, é o nosso combustível.


O Pavio segue a frente se mantendo como umas das grandes referências da nova safra do hardcore nacional. Como que a banda continua a se manter unida e compondo de forma tão precisa?

P: Por duas coisas que são fundamentais e não abrimos mão. RESPEITO E AMIZADE. Aqui dentro somos acima de tudo uma família que respeita e cuida um do outro. Nos importamos com o que nosso "irmão" está passando seja de bom ou ruim. A tolerância e a paz precisam reinar dentro dessa relação como banda e isso é transmitido quando estamos no palco, felizes, fazendo aquilo que amamos com prazer e ao lado de quem gostamos.


Alguns reaças dizem que música e politica não se misturam. O Pavio continua a mostrar o contrário. Como que vocês lidam com a política em suas músicas? 

P:A política sempre esteve e estará presente em nossas letras. Pensamos que o microfone é uma arma importantíssima pra propagar informação e a música por si só é um veículo fundamental capaz de entreter e fazer pensar. A realidade de nosso país nos obriga a falar sobre todo massacre que nosso povo sofre, próprio de um país de terceiro mundo. Não podemos nos alienar e fechar os olhos para o que aconteceu e vem acontecendo na política de nosso país. Ter uma banda, poder falar sobre isso para um número cada vez maior de pessoas é um privilégio que não podemos abrir mão. Claro, sempre com respeito aquelas que optam por falar de outros assuntos.

No caso dos reaças entendemos o motivo da crítica. Por eles é melhor que toda sujeira esteja debaixo do tapete atendendo as minorias ricas enquanto a grande maioria pobre sobrevive em meio ao caos sem instrução,informação e cada vez mais manipulada. Nunca vamos nos calar e usaremos a música para gritar contra todas as mazelas do nosso país. Não toleramos o ódio,racismo,homofobia e qualquer tipo de segregação. Bateremos forte sempre contra isso e todo esse cenário montado pelo atual governo.


Suas letras passam uma mensagem muito forte, de onde vêm as ideias para as composições? Existe alguma composição que é mais especial para vocês nesse novo lançamento?  

P:Achamos que o dia a dia nos inspiram a escrever sobre tudo isso. Perceber que tínhamos tudo para ser um país muito bom para se viver e não conseguimos por causa daqueles que sugam em benefício próprio. Porém, apesar do cenário,mantemos uma esperança de dias melhores e escrevemos também sobre acreditar que só nós podemos mudar o rumo do país, de nossas vidas e de nossos filhos. Não podemos desistir de construir um mundo melhor,com mais amor e humanidade.

Sobre a música mais especial talvez seja "o jogo vai virar". Nela da pra gritar a plenos pulmões contra o político que te rouba e o patrão que te explora (risos).


Quais as bandas e fontes artísticas que inspiram o som do Pavio?

P: Principalmente o hardcore e o metal são nossas fontes.Bandas como Madball, Terror, Hatebreed, Lionheart, lamb of god.


Quais os planos para 2020?

P:Em 2020 pretendemos fazer muitos shows no Rio e outros estados ou países quem sabe, divulgando nossos trabalhos. Queremos gravar novos clipes e principalmente compor nosso próximo EP, que já estamos fazendo.


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